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Macadame

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Haverá sempre um quando e um onde para começar um novo grupo: uma cidade, como Coimbra, um ano qualquer, como 2010 ou 2011, ou um encontro entre cinco pessoas e uma ambição comum. 
Os Macadame começaram onde começa uma mesa comprida de madeira, em horas e horas passadas a ouvir outra gente cantar, tocar, ouvir e contar a música que depois fizeram sua. Então, quatro rapazes e uma rapariga, de formações tão diferentes, acabaram por se encontrar no gosto pela música tradicional. Um gosto que cresceu até se transformar numa espécie de paixão inquebrantável, daquelas que revolvem os sentidos e fazem ver as coisas de que gostamos como ninguém as vê.

Talvez por isso mesmo pareça que os Macadame não procuram reinventar a música tradicional, prestar-lhe uma homenagem criativa, enérgica ou reverente. Parece, antes, que ao ouvi-los conseguimos ouvir a mesma música que nos é familiar, mas contada por quem adquiriu aquele jeito enlevado de a ouvir e mostrar: sem pó nem maquilhagem, sem rugas nem artifícios, sem mais do que o filtro fino da experiência de quem a ouve como a ouve, e assim mesmo a pretende partilhar.

Quando se estrearam em Coimbra, em 2011, os Macadame deram a conhecer a sua particular abordagem à música popular portuguesa: uma abordagem marcada pelo convívio animado entre a eletrónica e os temas populares, entre os instrumentos elétricos e os tradicionais, e em que diversas influências confluem para a criação de um universo muito próprio e envolvente.

Estreia

Quando se estrearam em Coimbra, em 2011, os Macadame deram a conhecer a sua particular abordagem à música popular portuguesa: uma abordagem marcada pelo convívio animado entre a eletrónica e os temas populares, entre os instrumentos elétricos e os tradicionais, e em que diversas influências confluem para a criação de um universo muito próprio e envolvente.

Foi nesse universo que surgiu Pão Quente e Bacalhau Cru, o álbum de estreia da banda que ao longo dos últimos anos realizou diversos concertos e marcou presença em Guimarães – Capital Europeia da Cultura (2012).

 

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Ana Sofia Carvalheda

Testemunho da minha experiência na Rádio Antena 1

Não é mera figura de estilo dizer que praticamente nasci na Rádio. É que, com apenas alguns dias de vida, os estúdios de Rádio passaram a fazer também parte da minha casa, que “frequentava” acompanhada pelos meus pais.

Passou o tempo, e de “ruído de fundo” dos primeiros meses de vida, fez-se companhia que me fazia sorrir. Veio o infantário, a escola e o ensino secundário. E aí deu-se o primeiro encontro, em direto e ao vivo, com aquele pequeno espaço mágico feito estúdio, envolvida por gira-discos (lembram-se?), leitores de “cassettes” (ainda alguém se recorda deles?) e microfones. Foi na Escola Secundária de Gil Vicente que, nos intervalos, ia fazendo a minha Rádio.

Continuei a acompanhar o meu pai nos dias da sua profissão, nomeadamente quando saía de Lisboa à procura de outras vidas e  realidades, até chegar ao momento da grande decisão da minha e da qual ainda hoje me orgulho: queria trabalhar na Rádio.

A primeira oportunidade surgiu na Rádio Energia, no início da década de 90, do século passado (como o tempo passa…) e, simultaneamente,  o Curso de Técnicas de Produção de Rádio e Televisão tirado na ETIC  (Escola Técnica de Imagem e Comunicação).

Já nos finais de 1993, juntamente com um grupo de companheiros da Rádio Energia, passei a integrar os quadros da RDP-Antena 1, continuando sempre a desenvolver a minha atividade de Produtora e Repórter, que vai preenchendo ainda hoje os meus dias, também com passagens pela Antena 3.

Sendo a Música uma paixão de sempre, é este o meu principal campo de trabalho e por ela e com ela já andei por França e Kosovo; Alemanha e Bósnia; Inglaterra e Turquia; Espanha e República Checa; Itália e Suiça. Mas sempre, sempre muito atenta ao que em termos de música se passa entre nós, seja em Trás-os Montes, no Alentejo, na Madeira ou nos Açores.

Desde 1996, quer dizer, desde a primeira emissão, sou a produtora do programa Viva a Música, programa que me tem permitido tomar contacto com alguns géneros musicais que não conhecia tão bem e com muitos dos seus criadores.

Ter falado mais ou menos longamente com Carlos do Carmo, Andrea Bocelli, Maria Bethânia, Ana Moura, Diana Krall, Adriana Calcanhoto e Pedro Abrunhosa, entre muitas dezenas de outros músicos, enriqueceu-me e trouxe-me novas visões de vida.

Definitivamente, é assim e por aqui que quero continuar!

 

 

Entrevista - Adolfo Luxúria Canibal

Adolfo Luxúria Canibal é o pseudónimo artístico de Adolfo Morais de Macedo, nascido em Dezembro de 1959 na cidade de Luanda, em Angola. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, exerceu a advocacia nesta cidade até 1999. É desde 1989 consultor jurídico na Administração Central, na área da Conservação da Natureza. Na qualidade de especialista em Direito do Ambiente, foi orador convidado em diversos congressos e seminários, portugueses e estrangeiros, e professor em cursos de formação, de pós-graduação e de mestrado. Integrou de 1993 a 1999 um Grupo de Peritos Jurídicos da Convenção de Berna, junto ao Conselho da Europa, em Estrasburgo.

Paulo Esteireiro

Paulo EsteireiroPaulo Esteireiro é licenciado, mestre e doutorado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa.

No domínio da comunicação social é, desde 2000, crítico musical da revista espanhola Ópera Actual para o Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa) e foi colaborador permanente da secção de música do Jornal de Letras, Artes e Ideias (2000-2007), tendo escrito para estas duas publicações mais de duas centenas de textos sobre música. Assinou ainda uma rubrica semanal sobre música e edições na Revista do Diário de Notícias, entre 2005 e 2010. A partir de 2010, passou a colaborar semanalmente no Jornal da Madeira, com uma rubrica sobre educação e artes. Ainda no âmbito da comunicação social, foi autor de duas séries de 12 documentários para a RTP-M, intituladas de “Músicos Madeirenses”.

No domínio editorial, é autor e coordenador de várias publicações, entre as quais se destacam Uma História Social do Piano – Emergência e Declínio do Piano na Vida Quotidiana Madeirense (1820-1930) (CESEM), Músicos Interpretam Camões (co-edição da Fundação Calouste Gulbenkian com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda), 50 Histórias de Músicos na Madeira (edição da Associação de Amigos do GCEA), Regionalização do Currículo de Educação Musical no 2.º Ciclo do Ensino Básico (edição da Direção Regional de Educação- Gabinete Coordenador de Educação Artística – Funchal) e o livro com composições da sua autoria 10 Novas Composições para Braguinha (AREArtística). É ainda coordenador da Coleção Madeira Música, série editorial que já publicou oito CD-Rom+Áudio sobre obras musicais históricas madeirenses e que permite ouvir composições maioritariamente do século XIX e primeira metade do século XX, contextualizadas na sua época através de textos de vários especialistas.

Como intérprete de guitarra clássica e braguinha (variante do cavaquinho), atuou regularmente no Quarteto de Guitarras e no Ensemble de Guitarras da DRE/Educação Artística, tendo atuado em diversos concertos pedagógicos, com o propósito de promover o repertório erudito para braguinha e guitarra, em diversos espaços de concerto na Ilha da Madeira: Funchal, Câmara de Lobos, Santana, São Vicente, Ponta do Sol, etc. (atuações também para a RTP-M).

Tem escrito vários artigos na área da musicologia e da pedagogia, para várias revistas e publicações da especialidade no âmbito nacional, tais como a Revista da Associação Portuguesa de Educação Musical, a Revista Itinerários (Instituto Superior de Ciências Educativas), a Revista EduSer (Escola Superior de Educação de Bragança), a Revista Xarabanda, a Revista Islenha (Direção Regional dos Assuntos Culturais), a Revista Portuguesa de Educação Artística (Direção Regional de Educação, Madeira), a Revista Convergência Lusíada (Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro) e o livro A Madeira e a Música.

Paulo Esteireiro - 10 Novas Composições para BraguinhaTem participado regularmente com várias comunicações e conferências em Fóruns e Encontros especializados em artes e educação, entre os quais se destacam o 6.º Colóquio do PPRLB, Real Gabinete Português de Leitura (Rio de Janeiro, 2012), Ciclo de Conferências  "Visões de Futuro para a Educação Artística" (Funchal, 2011), no qual foi conferencista e coordenador do ciclo, a 19ª Conferência da EAS (European Association for Music in Schools) realizada em Gdansk (Polónia, 2011) o  Seminário “República e Republicanos na Madeira” (Funchal, 2010), o Ciclo Musical e de Conferências "A Música na História da Madeira", no qual foi conferencista e coordenador do Ciclo (Funchal, 2010), o Fórum Musicológico "O Património Musical em Portugal: Inventariação, Projetos, Urgências" (Linda-a-Velha, 2009), a 17ª Conferência da European Associaton for Music in Schools (Tallinn, 2009), a Conferência Mundial da International Society of Musical Education (Bolonha, 2008), a Conferência Ibero-Americana de Educação Artística (Beja, 2008), a Visita de Estudo para Especialistas em Educação (Stornoway, 2008), a Conferência Nacional de Educação Artística (Porto, 2007), entre outros. Ainda neste âmbito, foi coordenador da Equipa Organizadora do Congresso Regional de Educação Artística nas três edições realizadas (Funchal, 2010, 2011 e 2012).

No domínio do ensino, foi entre 2008 e 2012 assistente convidado da Escola Superior de Educação de Setúbal e assistente do 1.º triénio da Escola Superior de Educação de Bragança - entre 2002 e 2005 -, onde lecionou as disciplinas da área das Ciências Musicais. É atualmente professor adjunto convidado do Instituto Superior de Ciências Educativas (Odivelas). Lecionou História da Música na Escola Profissional de Música de Almada (10.º ao 12.º ano) e ocupou o cargo de Diretor Pedagógico da Academia Musical da Ilha Graciosa e da Escola Profissional da Ilha Graciosa. Foi professor de guitarra clássica na Academia de Música da Liga dos Amigos de Queluz (escola onde mais tarde veio a ser diretor pedagógico), na Escola de Música da Foco Musical (Lisboa), no Gabinete Coordenador de Educação Artística (Madeira) e no Abrigo Infantil de Nossa Senhora da Conceição (Madeira).

No domínio da produção, foi assistente de produção da ópera Rigoletto de Verdi, organizada pela Foco Musical na Junta de Freguesia de S. João de Brito (Câmara Municipal de Lisboa), produtor da ópera Bastien e Bastienne de Mozart, em Santa Cruz da Graciosa, e coordenador dos espetáculos Quem tramou a Flauta Mágica, baseado na ópera de Mozart, A Flauta Mágica, A Voz na Seda das Palavras (Jorge Salgueiro e Ester Vieira), Carmen em Ritmo de Hip-hop, a partir da ópera Carmen de Bizet, e Rigoletto e o Portal de Cristal, inspirada na ópera Rigoletto de Verdi, organizados pelo Gabinete Coordenador de Educação Artística, no Funchal.

Atualmente é Chefe da Divisão de Investigação e Multimédia da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, onde dirige as seguintes áreas: a Biblioteca, o Setor de Edições, os Estúdios de Gravações Áudio e Vídeo e o Centro Multimédia, os Estudos de Musicologia Histórica, a Área de Tratamento de Dados, a Magazine de Educação Artística e a Livraria Online.

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Publicações

Problemas Centrais da Educação Artística: Relexões sobre a Atualidade e Desaios para o Futuro

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