Carlos Brito Dias compõe e encanta Bélgica
|
Natural de Braga, o compositor português Carlos Brito Dias mora agora em Antuérpia onde frequenta o segundo ano de Mestrado no Conservatório daquela cidade. Carlos Brito dias acedeu às perguntas do LusoJornal. |
||||||
|
LusoJornal (LJ): A residir atualmente na Bélgica, o que mudou na sua vida? Carlos Brito Dias (CBD): Apesar de estar ainda a iniciar o 2º ano de Mestrado, sinto que esta estadia ajudou-me a crescer, a ser melhor músico e a ver o mundo artístico de outra forma. Aqui tenho menos oportunidades como estudante, mas ainda mais oferta enquanto espetador. LJ: Como descobriu a composição? Como tudo começou? CBD: Gradualmente. Comecei a estudar música no Conservatório de Braga aos 6 anos de idade, e desde aí, estive sempre ligado à música erudita. Mais tarde, quando frequentava o 8º ano, tive a oportunidade de estudar ITC com o professor A. Ruiz. O gosto eo desejo de criar as minhas obras começou exetamente aí. LJ: Quando contou em casa que queria viver da música o resto da sua vida, qual foi a reação? CBD: Foi aceite de uma forma bastante natural. Sempre fui muito apoiado. |
LJ: Com que época e compositor se identifica mais? CBD: Recebo influência de tudo aquilo que ouço: Lobo, Beethoven, Mahler, Webern, Varése, Piazzola, Ligeti, Saariaho e Alva Noto. LJ: O que acha do escasso número de obras editadas, publicadas e comercializadas em Portugal no últimos anos? CBD: Sinto que está a mudar aos poucos. Tem havido uma maior aposta, mas não sei se é da melhor forma. Entristece-me saber que a maior parte das obras portuguesas ainda são de difícil acesso. LJ: Tem obras editadas? CBD: Ainda não. LJ: Porque razão o resto do mundo tão continua tão distante dos grandes compositores portugueses? CVB: A informação sobre a música portuguesa ainda não passa para fora do país como deveria. E não é por falta de qualidade... LJ: Qual o seu compositor português de eleição? CVB: L. Freitas Branco. |
LJ: E a Obra? CBD: "Pater Peccavi" de D. Lobo. LJ: o que ouve em casa? CBD: LJ: Considera Portugal um país culturalmente ativo? CBD: Penso que há um esforço para que assim seja. LJ: Conhecendo a dinâmica cultural da Bélgica, o que pensa entre este país e Portugal? CBD: Aqui há mais aposta na arte, mais oferta...e maior respeito. LJ: Acha que a arte é considerada prioridade em Portugal? CBD: Não sinto isso. Continua-se a dar prioridade a outras coisas. LJ: Porque é que a música erudita continua tão afastada do grande público? CBD: Falta educação. É preciso que as pessoas tenham acesso à música erudita através das escolas e dos meios de comunicação. |
LJ: Considera o mercado cultural belga acessível aos artistas portugueses? CBD: Pelo que percebi o Fado, por exemplo, é muito apreciado aqui. Em relação à música erudita a questão é um pouco diferente. Apesar de haver bastante procura, a oferta também é muita, mas conhecendo a qualidade de alguns artistas portugueses, serão certamente bem recebidos. LJ: Acha que os artistas portugueses, especialmente os músicos eruditos, têm o devido suporte e a promoção junto da Comunidade portuguesa no estrangeiro, da parte das entidades governamentais portuguesas? CBD: Não. LJ: Quais os próximos projetos? CBD: Vão ser interpretadas algumas obras (muitas delas estreias) em Portugal e na Bélgica, nos próximos tempos. LJ: Tem um suporte on-line onde os nosso leitores possam acompanhar a sua carreira? CBD: Podem ouvir algumas das minhas obras no meu canal do youtube ou seguir-me no meu facebok (Carlos Brito Dias). |
|||
- Publicado em Entrevistas
Entrevista de Carlos Brito Dias ao LusoJornal a 23/09/2013
João Miguel Gonçalves - Tenor
No campo da ópera interpretou: 2º Sacerdote e Guardião do Templo na ópera A Flauta Mágica de Mozart, Marinheiro na ópera Dido e Aeneas, de Purcell, D. Curzio na ópera As Bodas de Fígaro, de Mozart, Rei Gaspar e Pagem na ópera Amahl e os visitantes da noite, de Gian-Carlo Menotti, Le Petit Vieillard (Arithmétique) e La Rainette, na ópera L’Enfant et les Sortilèges, de Maurice Ravel, Gato na ópera O Gato das Botas, de Monsalvage, Tamino na ópera A Flauta Mágica de Mozart, Ruiz na ópera Il Trovatore, Remendado na ópera Carmen, de Bizet (estas duas últimas no Coliseu do Porto numa co-produção do Círculo Portuense de Ópera), Conde Camille de Rossion na opereta A Viúva Alegre, de Franz Lehar, e Professor de Música na ópera A Floresta, de Eurico Carrapatoso. Interpretou ainda, o solo para tenor da obra de Carl Örff, Carmína Burana.
Sara Braga Simoes, Soprano



Sara Braga Simões
Raquel Fernandes, Soprano
Fez parte do elenco de solistas da Missa Brevis em Ré menor de Mozart; Gloria de Vivaldi; Oratória de Natal de Camille Saint-Saens; Missa Brevis em Dó menor de Mozart; Stabat Mater de Pergolesi; Requiem de Mozart e Missa Santa Cecília de Gounod. Interpretou as personagens: Elsa do musical The Sound of Music de Richard Rodgers; Marian Paroo do musical The Music Man de Meredith Willson; Belinda da ópera Dido and Aeneas de Purcell; Molly da ópera Os três vinténs de Kurt Weill; Tasse Chinoise da ópera L’enfat et les Sortiléges de Ravel; Dama da ópera Flauta Magica de Mozart e Fairy da ópera The Fairy Queen de Henry Purcell. Fez parte do elenco coralista da ópera Amor de Perdição de João Arroyo; ópera Don Giovanni de Mozart e Fantasia Coral de Beethoven; 9ª Sinfonia de Beethoven; Requiem de Bhrams; Missa em Dó de Mozart e A Criação de Haydn.


.png)